quinta-feira, 21 de outubro de 2010

I see dead people - Quinta do Comandante


Reza a história que outrora, em tempos remotos, nesta magnífica quinta viveu um velho e honrado comandante que pelos seus serviços ao reino foi nomeado barão de todas estas terras. Apesar de todos os bens que lhe tinham sido oferecidos este comandante vivia atormentado por nunca ter tido um descendente a quem passar todos os seus bens. Os anos passaram e já numa fase de senilidade este decide deslocar-se às suas terras e raptar a mais bela moça, obrigando-a a casar-se consigo. Imediatamente esta recusou alegando estar apaixonada pelo alfaiate da aldeia. Zangado e num acto de pura loucura o comandante ameaça a moça com uma punição muito severa a toda a sua família e ao alfaiate caso esta recuse novamente.
Infeliz e desgostosa a moça acaba por concordar em casar com o comandante, oferencendo-lhe os seus melhores anos de vida.


Meses depois a aldeia pára para ver nascer uma bela menina de fartos cabelos loiros e olhos azuis. Os anos passaram e o comandante começou a desconfiar que sua amada teria um caso. Aproveitando uma distracção de sua esposa invade a sua privacidade e descobre cartas escritas de e para o alfaiate. Numa das cartas descobre que a menina não é sua filha mas sim do alfaiate. Também descobre que periodicamente o alfaiate costuma infiltrar-se dentro de sua quinta e visitar tanto a sua mulher como a sua filha.



Chega o sexto aniversário da menina e o comandante ordena a seus guardas que rodeiem todo o perímetro da quinta e evitem que qualquer pessoa sem autorização lá entre. Este foi o último dia que se viu a menina, a moça e o alfaiate.
O comandante acaba por ficar doente e segundos antes de dar o último sopro, como que desperto de anos de demência demonstra uma profunda amargura por todo o mal que incutiu aos três protagonistas. As últimas palavras proferem que no sexto aniversário os três foram mortos por ordem do comandante.

Depoimentos recolhidos às gentes da quinta apontam para uma tentativa de entrada na quinta por parte do alfaiate através dum túnel escondido, infelizmente para ele forá descoberto ainda antes de conseguir sair do mesmo e acabou por sofrer uma cruel morte no mesmo túnel. A moça e a menina foram também brutalmente mortos nesse mesmo dia. Segundo algum guardas as últimas palavras de desespero do alfaiate foram: “Entreguem-lhe o presente por mim!”

,relato de William Fakerstein.



Nos dias de hoje já com vários séculos após esta trágica história há quem afirme que ao aproximar-se da quinta consegue ouvir os murmúrios do amante, lamentando nunca ter conseguido terminar a sua tarefa. Muitos são os relatos de verem um vulto na janela onde outróra forá o quarto da menina, há mesmo quem afirme que se trata do alfaiate tentando descobrir onde a menina estará para finalmente oferecer-lhe o seu último presente.

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